Título: Eficácia vacinal do LaAg associado com adjuvantes contra infecção por Leishmania amazonensis.
Aluno(a): Mirian Franca de Mello
Orientador(es): Prof. Herbert Leonel de Matos Guedes
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A vacina composta pelo lisado total de Leismania amazonensis (Leishvaccine ou LaAg) é uma das vacinas mais estudadas contra a leishmaniose. Esta vacina foi avaliada em testes clínicos e apesar de ser segura e induzir Interferon-gamma, ela falhou em testes de fase 3 para comprovar a sua eficácia. Com o desenvolvimento de novos adjuvantes, buscando a reposição desta vacina, nós propomos associar a vacina LaAg com diferentes adjuvantes buscando o aumento da eficácia protetora. Primeiramente, realizamos os experimentos em camundongos suscetíveis BALB/c. Nós empregamos o teste de hipersensibilidade cutânea como parâmetro inicial para seleção do adjuvante de escolha. Nós associamos LaAg com Adjuvante completo de Freud ou Addavacxs ou Saponina e imunizamos os camundongos duas vezes, como controle usamos PBS e LaAg sozinho. Usando o LaAg como desafio, o único adjuvante capaz de induzir hipersensibilidade foi a Saponina. Em seguida, nós avaliamos a capacidade de induzir eficácia protetora da associação de LaAg com saponina. Nós observamos que a vacinação com LaAg+SAP induziu proteção parcial controlando parcialmento o controle da lesão e da carga parasitária, diferentemente do LaAg que apresentou uma tendência em aumentar a suscetibilidade da infecção. Avaliando animais imunizados e animais imunizados e infectados nós observamos a produção de células produtoras de interferon-gamma. Nós observamos o aumento de iNOS no sitio da infecção 18 horas após o desafio, sugerindo um possível mecanismo para o controle da lesão e da carga parasitária. Além disso, avaliando o sítio da infecção 18 horas após o desafio, nós observamos o recrutamento de linfócitos, macrófagos, neutrófilos e eosinófilos no grupo LaAg+SAP. Buscando compreender o papel dos eosinófilos, nós os bloqueamos com anti-CCR3 e anti-iL5. Independente da depleção de eosinófilos, a vacina induziu proteção. Em seguido, avaliamos a vacina LaAg+Sap em camundongos parcialmente resistente, C57Bl6. Surpreendentemente, apesar de induzir hipersensibilidade de maneira similar, a vacina falhou em induzir imunidade protetora. Nós observamos, que a vacina induziu uma resposta mista Th1 e Th2, produzindo células produtoras de Interferon-gamma e IL4. Esta resposta mista provavelmente está relacionada com a falha da vacina. Desta forma, concluímos que o uso de adjuvante pode modular a resposta imune de vacinas aumentando a eficácia protetora, entretanto, o uso de diferentes modelos para estudos pré-clínicos é importante para a validação de um candidato vacinal.
Palavras-chave: trans Leishmania amazonensis; Vacina 3; LaAg 4; Saponina
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A vacina composta pelo lisado total de Leismania amazonensis (Leishvaccine ou LaAg) é uma das vacinas mais estudadas contra a leishmaniose. Esta vacina foi avaliada em testes clínicos e apesar de ser segura e induzir Interferon-gamma, ela falhou em testes de fase 3 para comprovar a sua eficácia. Com o desenvolvimento de novos adjuvantes, buscando a reposição desta vacina, nós propomos associar a vacina LaAg com diferentes adjuvantes buscando o aumento da eficácia protetora. Primeiramente, realizamos os experimentos em camundongos suscetíveis BALB/c. Nós empregamos o teste de hipersensibilidade cutânea como parâmetro inicial para seleção do adjuvante de escolha. Nós associamos LaAg com Adjuvante completo de Freud ou Addavacxs ou Saponina e imunizamos os camundongos duas vezes, como controle usamos PBS e LaAg sozinho. Usando o LaAg como desafio, o único adjuvante capaz de induzir hipersensibilidade foi a Saponina. Em seguida, nós avaliamos a capacidade de induzir eficácia protetora da associação de LaAg com saponina. Nós observamos que a vacinação com LaAg+SAP induziu proteção parcial controlando parcialmento o controle da lesão e da carga parasitária, diferentemente do LaAg que apresentou uma tendência em aumentar a suscetibilidade da infecção. Avaliando animais imunizados e animais imunizados e infectados nós observamos a produção de células produtoras de interferon-gamma. Nós observamos o aumento de iNOS no sitio da infecção 18 horas após o desafio, sugerindo um possível mecanismo para o controle da lesão e da carga parasitária. Além disso, avaliando o sítio da infecção 18 horas após o desafio, nós observamos o recrutamento de linfócitos, macrófagos, neutrófilos e eosinófilos no grupo LaAg+SAP. Buscando compreender o papel dos eosinófilos, nós os bloqueamos com anti-CCR3 e anti-iL5. Independente da depleção de eosinófilos, a vacina induziu proteção. Em seguido, avaliamos a vacina LaAg+Sap em camundongos parcialmente resistente, C57Bl6. Surpreendentemente, apesar de induzir hipersensibilidade de maneira similar, a vacina falhou em induzir imunidade protetora. Nós observamos, que a vacina induziu uma resposta mista Th1 e Th2, produzindo células produtoras de Interferon-gamma e IL4. Esta resposta mista provavelmente está relacionada com a falha da vacina. Desta forma, concluímos que o uso de adjuvante pode modular a resposta imune de vacinas aumentando a eficácia protetora, entretanto, o uso de diferentes modelos para estudos pré-clínicos é importante para a validação de um candidato vacinal.
Palavras-chave: Leishmania amazonensis; Vacina 3; LaAg 4; Saponina